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Ainda

 
Ainda posso ver lá no fim, um horizonte simétrico e perfeito.
Ainda posso sentir o cheiro da terra molhada, que me faz esquecer a tudo.
Ainda posso correr até me cansar, para assim dar mais valor o ar.
Ainda posso me permitir errar, para descobrir um jeito melhor de acertar.
Ainda posso fingir que não estou sentindo nada, quando na verdade o nada sou eu.
Ainda posso escrever umas mal traçadas linhas em busca de uma ideia que me faça existir.
Ainda posso calado sofrer, a desilusão de não acreditar em promessas vans.
Ainda posso me dedicar a mim mesmo, como faz um bebê dentro da bolsa antes de romper.
Ainda posso gritar a ponto de criar uma atmosfera de horror, para esquecer minha dor.
Ainda posso fazer uma besteira que de tanto besteira ser, nem vão querer saber.
Ainda posso viver como um poeta esquecido pelo tempo, para esse tempo não me vencer.
Ainda posso olhar dentro dos teus olhos e dizer: o céu que tu dizes querer...
Lindo
Vasto
Azul
Formoso
De se
Ver.
Sabes
Esse
Sonho
Teu
Difícil
De viver
Ainda terás que aprender a voar, antes de querer.

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